segunda-feira, 27 de julho de 2015

Matemática, um amor inusitado



"Você ama Matemática, eu adoro Português"- Peninha

Na música acima, com certeza eu sou o "você" da frase.

Quando eu digo que amo matemática, resolver problemas e coisas do tipo as pessoas me olham torto, afinal o "normal" é odiar a matemática. Comigo não é assim, pelo contrário! Mas já passei pelo drama do problema com matemática há muito tempo atrás...

Em 2003 eu estava na segunda série. Minha professora passava listas com mais de 20 contas para resolver, e ainda tinha aquela coisa de tirar a prova dos 9 e a prova real. Eu fazia muitas contas na escola e em casa e isso me cansava bastante a ponto de eu odiar a disciplina. Sempre fui boa aluna, mas matemática me sugava totalmente. Um dia, cheguei em casa chorando e reclamando e minha mãe me disse para eu não odiar a matemática e que ela amava (ela mentiu). Depois deste dia, comecei a me dedicar mais e tentar curtir a bendita e fui ficando cada vez melhor e fazendo contas de cabeça rapidamente e não me importando com o tamanho da conta e fazia por diversão. E isso continuou por muito tempo, mas era um gostar bem inocente, coisas de uma CDF que simplesmente ama estudar. 

Eu sempre gostava de estudar tudo antes do professor passar, independente da matéria. Isso me fez ter vantagens na disciplina por um bom tempo. No ano de 2009, 9º ano, eu cheguei atrasada para a primeira prova e eu como Jane (Jane The Virgin) odeio que as coisas saiam do meu planejamento e não lido muito bem com isso. Fiquei nervosa e deu branco! Resultado: fiquei de recuperação pela primeira vez na vida na maravilhosa matemática. Chorei, não sei de onde vieram tantas lágrimas. Depois desse rio todo, levantei a cabeça e me dediquei ao máximo ao decorrer do ano: 8,4 na segunda unidade, 10 na recuperação, na terceira e quarta unidade. Cada vez que eu resolvia um problema que nem o mais inteligente da sala (na minha opinião e da turma toda) eu ficava mais motivada a resolver todos os problemas que eu pudesse, tanto para satisfação pessoal como para ajudar as pessoas que não conseguiam fazer. Lembro que fiquei 3 DIAS em um problema e quando resolvi sai gritando de felicidade pela casa. Foi aí que eu pensei que talvez eu tivesse jeito para os números.

Chegamos em 2012, 3º ano, ano do terror do ensino médio: vestibular. A dúvida batia a porta, o que escolher? Percebi que Letras Inglês - Português talvez eu não me desse muito bem, devido a minha dificuldade maior com textos e língua portuguesa. Decidi por Engenharia por causa do meu amor pela matemática que já estava bem evidente.

No terceiro período do curso de Engenharia peguei uma disciplina chamada Equações Diferenciais Ordinárias. Pensei que ia me dar super bem, mas um detalhe: o professor só usava letras para dar a disciplina, números eram tão raros! Penei, mas passei. No quarto período veio Equações Diferenciais Parciais, mais letras como obstáculos no meu caminho. Sofri, passei. Até hoje acredito que se as disciplinas fossem mais números que letras eu teria sofrido menos e amado mais. Os números se encaixam melhor na minha cabeça!

Depois de tantos perrengues, meu amor pela matemática e seus números (chega de letras) se mantém. Nada se compara a adrenalina de resolver um problema, procurar pistas que me levem a solução e conseguir as respostas desejadas. Talvez seja por isso que eu ame tanto a matemática: ela me lembra muito a adrenalina sentida quando leio livros policiais. E que eu continue amando e me divertindo com essa linda e odiada disciplina :D

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